NOTA PÚBLICA

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Há cerca de um mês, as Centrais Sindicais Nacionais – CSP Conlutas; CUT; CTB; CGTB; UGT; Nova Central; CSB; Força Sindical decidiram conjuntamente realizar um Dia Nacional de Mobilizações e Greve em 10.11.2017. O Sindicato Nacional ANDES-SN, dos professores e a FASUBRA, dos técnicos administrativos, aprovaram em suas instâncias deliberativas nacionais a participação ativa nesse dia de Lutas contra as Reformas da Previdência e Trabalhista (em vigor desde o dia 11); Lei das Terceirizações e da Emenda Constitucional 95.

Em Assembleias realizadas em 07.11.2017 a ADUFS - Professores e o SINTUFS – Técnicos administrativos aprovaram nossa participação nessa luta, coisa que já vínhamos divulgando e convocando todos a participarem dos atos há algum tempo. De 07.11.2017 até 09.11.2017, fizemos panfletagens com carro de som no Terminal Leonel Brizola (Rodoviária Nova) e na UFS.

Nossas falas no carro de som, sempre deixaram claro o foco da luta e que a forma da luta seria a greve, com trancamento das entradas da Universidade.

Informamos ao Reitor, ao gerente do Banco do Brasil e a Magistrada dirigente do Fórum “Prof. Gonçalo Rollemberg Leite”, conforme praxe legal. Assim sendo, no dia 10.11.2017, entramos em Greve por um dia e trancamos as entradas da UFS.

Técnicos administrativos e professores, acolhendo as decisões de suas Assembleias, não compareceram a UFS nesse dia; o mesmo ocorreu com os discentes. Todos que inadvertidamente chegaram aos portões da UFS conversaram, explicaram suas necessidades para acessá-la e quando se tratava de cuidados emergenciais com laboratórios, experimentos diários inadiáveis no dia, tiveram seus acessos admitidos e acompanhados, enquanto os demais se retiraram, demonstrando compreensão da importância do ato. Por volta do meio dia, um grupo de estudantes de Engenharia de Alimentos, acompanhados por sua Professora Coordenadora, do Departamento de Engenharia de Alimentos, chegaram ao portão principal da UFS querendo entrar a qualquer custo (sem que se tratasse de atividade emergencial). Foram informados do que ocorria pelo Presidente da ADUFS-Seção Sindical e pelos Seguranças da UFS, e que, portanto, não poderiam entrar. Mesmo assim, uma discente pulou o portão principal afirmando que entrariam de qualquer jeito. Após intervenção dos seguranças a discente pulou de volta o portão.

O grupo permanecia com atitudes hostis e se negando a compreender que a mobilização realizada pelos sindicatos de trabalhadores da UFS trata da defesa da Universidade Pública e do seu funcionamento, frente às medidas do atual governo. 

O que se nota é que a falta de entendimento da luta dos trabalhadores da Universidade e dos brasileiros de modo geral, amplia um cenário de agressões. Nesse episódio, quando o presidente da ADUFS se dirigiu a porta de vidro da entrada de segurança do portão principal, foi seguido pelos discentes que, em atitude hostil, tentaram invadir a UFS por aquela passagem, pensando que o Presidente da ADUFS iria abrir a segunda porta de vidro. Ao não ser permitida a entrada, forçaram a primeira porta de vidro, que era sustentada, segurada pelo Presidente da ADUFS e invadiram o local, encurralando-o contra a segunda porta de vidro e o obrigando a  preservar sua integridade física e se defender  frente ao avanço hostil dos discentes. O que restou foi um confronto, que levou os Seguranças da UFS a intervir, afastando os discentes e retirando-os do local.

Repudiamos qualquer tipo de violência. Realizamos diversos atos dentro e fora da Universidade, sem episódios dessa natureza. Consideramos que incitar estudantes contra movimentos em defesa da Universidade e as pessoas que assumem a linha de frente não coadunam com uma postura pedagógica ou democrática. Esses estudantes, incentivados pela professora, com violência gratuita e truculenta, tentaram, arbitraria e autoritariamente invadir a Universidade, para fazer valer suas vontades individuais sobre a decisão coletiva de Professores e Técnicos administrativos,  aprovada em  suas respectivas  Assembleias Gerais.

Por isso, vimos a publico informar que esperamos a colaboração e participação de todos nos nossos atos em defesa dos direitos sociais duramente conquistados pela classe trabalhadora e não tentativas como essa, de desqualificação de ações coletivas e legítimas de defesa dos interesses da sociedade.

ADUFS e SINTUFS

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