Em assembleia ocorrida na manhã desta sexta-feira (05), no auditório da ADUFS, os professores trataram o ponto de pauta da participação no 37° Congresso do ANDES-SN, que ocorrerá de 22 a 27 de janeiro de 2018 na Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Neste ano, o evento traz o tema central: “Em defesa da educação pública e dos direitos da classe trabalhadora. 100 anos da reforma universitária de Córdoba”. Foram escolhidos pela assembleia 8 delegados da base e 1 delegado representando a direção da ADUFS. 

Durante o ponto de pauta da análise de conjuntura, as falas convergiram em torno da expansão da política neoliberal com consequente ataque aos direitos sociais, algo que se percebe em nível global. Durante sua fala, o presidente da ADUFS, professor Airton Paula, fez uma retrospectiva do sistema econômico capitalista, passando pela fase próspera, na década de 40, com pleno crescimento e geração de emprego, culminando nas crises estruturais a partir da década de 70 até os dias atuais, que propiciaram o desmanche do Estado de Bem Estar Social, redução da intervenção estatal, privatizações e desregulamentação do mercado.

Junto com o acirramento das classes, cresce o poder de força do Estado para proteger os interesses dos agentes econômicos e financeiros, como se destacou durante a assembleia, e ao mesmo tempo barrar e criminalizar movimentos contrários à agenda neoliberal. Também se percebe a tendência pelo apassivamento da classe, inerte diante da aprovação das contrarreformas do governo, algo que precisa ser discutido durante o congresso, como citou a professora Sônia Meire.  

Do Congresso Nacional para a população, a visão é de desmandos absurdos ocorrendo de forma consecutiva. O professor Marcos Pedroso trouxe a noticia sobre a preparação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para mudar a regra de ouro do serviço público, a que impede a União de emitir dívida em volume maior do que os investimentos.  A medida significa “botar um cheque em branco na mão do ladrão”, como afirmou o professor Pedroso. E a conta a pagar cai para a população.

Após a análise dos Textos de Resolução (TR) do Congresso sobre o tema “Movimento docente, conjuntura e centralidade”, os presentes aprovaram a TR1 com edições, que será defendida pela delegação da ADUFS durante o evento:

Fortalecer e ampliar a unidade de ação com os setores dispostos a barrar e revogar as contrarreformas. Construir as lutas e a greve do funcionalismo público federal, estadual e municipal em defesa da educação e dos serviços públicos e da garantia de direitos, rumo a uma nova greve geral e pela auditoria da Dívida Pública. Nenhum direito a menos.

Foram escolhidos para compor a delegação da ADUFS os professores e professoras: Bartira Teles (DED) e Sônia Meire (DED), os professores Olinto Silveira (DEE), Marcos Pedroso (CODAP), Benedito Carlos Libório (DEF), Elyson Carvalho (DEL), Marcelo Ueki (NUCEM), Jailton Marques (DEAM) e Airton Paula (DEE) representando a diretoria.