TAEs aprovam paralisação nacional no dia 07/06 em defesa do serviço público

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Os Trabalhadores Técnico-administrativos da UFS aprovaram na manhã desta quarta, dia 23, a adesão à paralisação nacional dos servidores públicos federais, conforme calendário de lutas da FASUBRA e do FONASEFE, de modo a pressionar o Governo Federal contra o desmonte dos serviços públicos e pela retomada das negociações com as categorias do funcionalismo, incluindo, a Campanha Salarial Unificada. A paralisação, agendada para o dia 7 de junho, deverá contar com intensa mobilização e diálogo com demais categorias do funcionalismo público, e resultar numa grande pressão unificada dos trabalhadores.

"É importante destacar que foi a mobilização de 2017, com ocupação do então Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), foi que fez com que o governo abrisse uma mesa de negociação, o que não acontecia desde o golpe em 2016. Com esse governo, mais do que nos outros, só ha avanço com mobilização e pressão", defende Wagner Vieira, coordenador de Comunicação e Integração Intercampi do Sintufs. Wagner reforça ainda que a mobilização já conseguiu fazer com que o governo admitisse a possibilidade de reavaliar o Decreto n° 9.262 de 9 de janeiro de 2018, que extinguiu mais de 60 mil cargos do funcionalismo público federal.

SEGURANÇA E TERCEIRIZADOS

A iniciativa de realizar a assembleia na passarela do pavimento superior da Reitoria da UFS, já próximo do gabinete do Reitor, também rendeu encaminhamentos importantes, uma vez que a administração da universidade aceitou receber o Sindicato na quinta, dia 24, para discutir dois pontos nevrálgicos na instituição: a situação dos terceirizados e a questão da segurança na UFS.

No que diz respeito aos terceirizados, o Sintufs vem coletando assinaturas de toda a comunidade acadêmica para que os atuais trabalhadores nessa condição sejam recontratados pela nova empresa vencedora da licitação e na reunião, agendada para acontecer às 14h, será feita pressão para que esse seja efetivado. Paralelamente a essa atividade, o Sindicato já anunciou que irá acionar a Justiça do Trabalho, protocolando denúncias de empresas que estão cortando indevidamente benefícios de seus funcionários com a aproximação do final do contrato. 

Já no quesito segurança, o Sindicato acredita que a administração da universidade foi infeliz ao generalizar a violência urbana para minimizar o problema crônico de alta vulnerbilidade pelo qual passa a UFS e, após divulgação de nota oficial em seu site, onde a Reitoria destaca que irá pensar soluções com polícias federal e militar, continua havendo exclusão da comunidade acadêmica. Conforme encaminhado na Assembleia, o Sintufs irá exigir a realização de Audiências Públicas sobre o tema, com os três segmentos da Universidade, e requerer participação na comissão que irá discutir como tornar a UFS um ambiente mais seguro para os que a frequentam.

Foi aprovado também a realização de nova Assembleia Geral do Sintufs no próximo dia 30 de maio para tratar dos mesmos assuntos após reunião com o Reitor e realizar a eleição de delegados para a Plenária da FASUBRA nos dias 15 e 16 de junho. 

Como último ponto de pauta, foram eleitos Hidelbrando Samuel e Daniel Galdino como novos membros da Comissão Permanente de Flexibilização da Jornada (CPFJ).

MANIFESTO

Como uma ação pública importante e necessária, os trabalhadores ainda aprovaram um manifesto em reação à declaração em que o Reitor Ângelo Antoniolli expressa apoio e agradecimentos ao deputado federal André Moura, maior defensor de Michel Temer e seu time de golpistas, por ter liberado recursos para a UFS. No entendimento da categoria, embora tenha total liberdade para expressar opiniões políticas asseguradas pelos preceitos democráticos, o posicionamento oficial enquanto gestor de uma instituição cujos trabalhadores e estudantes são prejudicados pelas medidas que tiveram voto favorável do deputado soa extremamente discrepante com a defesa da UFS. Vale ressaltar, que entre outras medidas, André Moura votou a favor da lei da terceirização irrestrita e da Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos em áreas essenciais, incluindo aí a educação.

Fonte: SINTUFS

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