Participantes do Congresso do ANDES fortalecem ato em defesa dos povos indígenas

Sindicato Nacional
Professores presentes no Congresso do ANDES-SN participaram de ato em defesa dos povos indígenas (Eraldo Paulino/ADUFPA)
Professores presentes no Congresso do ANDES-SN participaram de ato em defesa dos povos indígenas (Eraldo Paulino/ADUFPA)

*Matéria publicada pela ADUFPA, sede do 38o Congresso Nacional do ANDES-SN

Delegados e observadores do 38º Congresso do ANDES-SN participaram no final da tarde de ontem, 31, no centro de Belém, do ato político-cultural em apoio às causas indígenas. A manifestação marcou a culminância das atividades do “Janeiro Vermelho – Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais”, organizadas nacionalmente pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

O protesto iniciou na Praça da República, de onde os manifestantes saíram em caminhada pelas Avenidas Nazaré, Doutor Moraes e José Malcher, retornando à Praça. Em frente ao prédio da Federação da Agricultura do Pará (Faepa), eles protestaram contra as invasões das terras indígenas pelos ruralistas.

Com o apoio de diversos movimentos sociais, o ato teve o protagonismo de indígenas de diversas etnias, como os povos Tembé, Amanayé, Wai-Wai e os “parentes” venezuelanos Warao, que fortaleceram a manifestação cobrando melhorias nos abrigos e nos atendimentos sociais pela Prefeitura de Belém.

Os manifestantes denunciaram o aumento de execuções de lideranças e invasões de terras indígenas, principalmente após a eleição de Jair Bolsonaro. Eles, também, defenderam a revogação da Medida Provisória (MP) nº 870, que entre outras maldades do novo governo, transfere para o Ministério da Agricultura, Agropecuária e Pesca (MAPA) a atribuição de demarcar terras indígenas. “As nações indígenas historicamente foram massacradas pelos ruralistas nesse país, e entregar para essas pessoas o papel de demarcação é a confirmação de como vai ser a guerra dos povos indígenas com esse governo”, avalia Marquinho Mota, coordenador do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), um dos organizadores do protesto em Belém.

Já o indígena Ronaldo Amanayé lembrou que, desde a invasão portuguesa em 1500, os povos indígenas resistem e não se intimidarão com o governo Bolsonaro. “O presidente e sua cúpula declararam que não vai ter demarcação. Então nós, povos indígenas, vamos fazer demarcação de forma autônoma. Não vamos mais deixar que plantem soja em solo regado por sangue indígena”, garantiu Amanayé.

Durante a manifestação, o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, manifestou solidariedade aos indígenas e afirmou que o Sindicato Nacional segue lado a lado em defesa dos direitos dos povos originários. “Somos centenas de professores reunidos no Congresso aqui em Belém, e queremos declarar total apoio à causa indígena e dizer que não nos calarão. Não calarão a universidade, nem os povos indígenas. Não calarão a voz da classe trabalhadora”, declarou Antonio Gonçalves.

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