Temer oferece jantar e o cardápio é a sua aposentadoria.

Na noite desta quarta-feira (22), o presidente Michel Temer (PMDB) ofereceu um jantar no Palácio da Alvorada, em Brasília. No banquete, o cardápio principal foi a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
O governo apresentou a nova proposta de reforma da Previdência e deu continuidade às articulações para tentar obter os votos necessários para aprovar a mudança nas regras para obtenção da aposentadoria.
Como já havia sido anunciado, o governo manteve a fixação de idade mínima para a aposentadoria em 65 anos para homens e 62 para mulheres. Professores e policiais passam a cumprir exigência de 60 anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção entre homens e mulheres.
O tempo de contribuição mínima para aposentadoria dos trabalhadores privados foi fixado em 15 anos, enquanto para os servidores públicos será de 25 anos. Com 15 anos, o trabalhador se aposentará com apenas 60% da renda média de contribuição. Com 25 anos de contribuição, o servidor terá direito a 70% da renda média.
A cada período de cinco anos a mais de trabalho, o percentual do valor de aposentadoria aumenta. Assim, para se aposentar com o benefício integral serão necessários 40 anos de contribuição.
A regra de transição estabelece que o trabalhador terá de contribuir por um tempo adicional de 30% em relação ao que falta para completar 30 anos (mulheres) ou 35 anos (homens) de contribuição. A idade mínima será a vigente no ano em que a pessoa terminar de cumprir esse pedágio, partindo de um mínimo de 53 anos para mulheres e 55 para homens. A partir de 2020, a idade mínima subirá um ano a cada dois anos, conforme tabela, até chegar a 62 anos para mulheres em 2036 e 65 para homens em 2038.
Em resumo: a reforma da Previdência praticamente tornará impossível para a maioria dos trabalhadores brasileiros se aposentar no país.
Fonte: CSP-Conlutas