Carnaval sem assédio: não é não!

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Marina Person e Leandra Leal no Acadêmicos do Baixo Augusta 2018 (Foto: Instagram @Leandraleal)
Marina Person e Leandra Leal no Acadêmicos do Baixo Augusta 2018 (Foto: Instagram @Leandraleal)
Por Carolina Timoteo
 

Às vésperas do Carnaval, campanhas contra o assédio e violência à mulher se espalham nas capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, João Pessoa e Vitória já contam com intervenções.

Promovidas por coletivos feministas e Secretarias de Segurança Pública, tais campanhas passam mensagens contra o assédio sexual por meio de tatuagens postiças, folhetos, leques, outdoors e vinhetas. O objetivo é assegurar políticas públicas de proteção à mulher contra a violência e o machismo nos momentos de folia.

Tais políticas são tidas como reparação à cultura de objetificação da mulher brasileira e turismo sexual, além de colocar em xeque o debate de autonomia da mulher no espaço público. Dados do Instituto Maria da Penha apontam que a cada 1,4 segundo uma mulher é vítima de assédio no Brasil. No Carnaval, essa estatística só aumenta.

Por fim, é bom lembrar que esse é o primeiro carnaval depois da aprovação da Lei 13.718, que tipifica o crime de importunação sexual. Roubar um beijo, puxar o braço à força e apalpar uma mulher sem permissão são algumas das ações que passam a ser tipificadas como crime, levando até cinco anos de prisão.

Esse é o recado da mulherada: Carnaval legal é Carnaval sem assédio. Respeita as minas, as manas e as monas!

 

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