Resun passará por reforma para produzir refeições na UFS

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Área do Resun onde serão instalados os fogões industriais (Roberto Oliveira/ADUFS)
Área do Resun onde serão instalados os fogões industriais (Roberto Oliveira/ADUFS)

O Restaurante Universitário, conhecido como Resun, passará por reforma de adequação a fim de que as 5 mil refeições servidas diariamente passem a ser produzidas na UFS.  

Para isso, o Resun fechará uma semana antes do fim do semestre. Ele funcionará normalmente até a próxima sexta-feira (22), mas amanhecerá fechado já na próxima segunda (25).

“O objetivo é reduzir custos do contrato com a empresa responsável pelas refeições e melhor atender a demanda da comunidade universitária, permitindo a ampliação do sistema de auxílio”, afirma a direção do Resun em nota no site da UFS, também assinada pela Proest (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) e pela Codae (Coordenação de Assistência e Integração do Estudante).

Hoje, os cerca de 3.000 almoços e 2.000 jantares servidos pelo Resun todo dia são produzidos fora da universidade e trazidos à UFS pela empresa terceirizada à frente do restaurante, cujo contrato está no fim – termina em abril, durante o recesso da graduação.

Enquanto o Resun passa pela reforma de adaptação, que será realizada por uma empresa em parceria com a Prefeitura, buscando atender as exigências dos órgãos sanitários e do Corpo de Bombeiros, a UFS abrirá um novo processo de licitação para a alimentação do Restaurante Universitário.

A ideia é que, quando o ano letivo de 2019 começar, o Restaurante Universitário já esteja sob nova licitação e produzindo as refeições em sua própria cozinha industrial. Por isso, inclusive, foi decidido fechá-lo uma semana antes do fim do semestre – o prazo para o fim da reforma é 40 dias.

“O Resun já ia fechar no recesso, mas houve necessidade de antecipar em uma semana, devido aos estudos da Prefeitura. A última reforma do Restaurante foi há 5 anos, quando teve a terceirização, e não contemplou a adaptação, a parte de instalação de energia, das câmaras. O que impede a produção interna das refeições no Restaurante Universitário”, explica Leilany Viana, nutricionista da UFS e coordenadora de produção do Resun, que guiou a reportagem da ADUFS numa visita às instalações do restaurante. 

“O ideal seria a produção interna dos alimentos. É melhor fazer a comida aqui porque os riscos são minimizados”, defende. Segundo ela, o objetivo é também melhorar o cardápio, que ficaria menos monótono.

“Alimentar e nutrir são coisas diferentes. Queremos alimentar, mas também queremos nutrir. E ainda complementar o ciclo, com uma educação nutricional. Acreditamos que por estar na universidade devemos implementar essa educação também”, acrescenta Leilany, lembrando das plaquinhas de informação nutricional que ficam dispostas na rampa de distribuição dos alimentos.

Mudanças internas, sem ampliação
As adaptações que ocorrerão no Resun serão internas. Ou seja, não mudará nada no refeitório ou no acesso, o que indica que as filas continuarão a perder de vista nos horários de pico. Ainda mais se considerado que tem aumentado o número de refeições, segundo a própria coordenadora de produção do Resun.

O açougue, o estoque e a área de pré-preparo dos alimentos serão climatizados; serão instalados também fogões industriais; e uma “casa do lixo” será construída, para que os resíduos sejam armazenados adequadamente. Com essas adaptações, as refeições poderão ser feitas no próprio Resun. 

Nova licitação e auxílio aos estudantes
Segundo a coordenadora de produção do Resun, o edital da nova licitação está prestes a ser lançado pela UFS, uma vez que o contrato atual se encerra em abril e não há mais limite de prorrogação. De acordo com o comunicado publicado no site da UFS, o Resun retorna ao funcionamento regular com o início do semestre letivo 2019. Até lá, a UFS prestará auxílio a uma parcela dos estudantes.

“Os alunos que possuem o auxílio ‘Isenção Resun’ receberão, excepcionalmente durante a reforma do restaurante, o auxílio equivalente ao período de recesso acadêmico”, diz a nota do Resun e da Proest.

Em tempo: hoje, 56 funcionários terceirizados trabalham no Resun. Somam-se a eles mais 12 da universidade, ligados institucionalmente à UFS, entre nutricionistas e antigos funcionários da cozinha.

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