Ato pela educação reúne mais de mil pessoas na UFS

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Ato em defesa da UFS e da educação pública encheu a Praça da Democracia  (Roberto Oliveira/ADUFS)
Ato em defesa da UFS e da educação pública encheu a Praça da Democracia (Roberto Oliveira/ADUFS)

A Praça da Democracia se fez valer e virou palco de uma grande manifestação em defesa da UFS, da educação pública e dos direitos sociais nesta segunda-feira (6).

Mais de 1000 pessoas se reuniram sob o entardecer alaranjado do campus de São Cristóvão para repudiar o corte de 30% da verba das universidades públicas federais e as mentiras em relação à UFS do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista à Globo News na semana passada. 

Estavam presentes, além da diretoria da ADUFS e do Sintufs, que convocaram a manifestação em plenária unificada no hall da Reitorina na sexta (3) passada, coletivos estudantis como o RUA e o Afronte, centros acadêmicos, professores de diversos departamentos da UFS, funcionários dos diferentes setores da universidade, representantes de sindicatos como o Sintese, de centrais como a CUT e mandatos parlamentares (o deputado João Daniel e o vereador Camilo, ambos do PT). A imprensa também marcou presença: TV Sergipe, TV Aperipê e TV Atalaia cobriram a manifestação. 

A Praça da Democracia ficou colorida com cartazes em defesa da educação, dos direitos sociais, da pluralidade de ideias, do conhecimento científico e da diversidade de gênero, entre muitos outros. "Bolsonaro é inimigo da educação", dizia um deles. "Balbúrdia é o governo", completava outro, ironizando o ministro da Educação.

Muitas falas se seguiram à medida que o sol caía por trás do Rosa Elze. A professora Ana Lúcia, ex-parlamentar e liderança do Sintese, a professora Sônia Meire, da direção nacional do ANDES-SN, e Linda Brasil, mestranda da UFS e militante da CasAmor, levantaram o ânimo da estudantada que se aglomerava na praça.

Antes disso, o presidente da ADUFS, Airton Souza, e o coordenador-geral do Sintufs, Wagner Vieira, abriram o ato. Eles falaram sobre os cortes de verba na educação, sobre os ataques ao movimento sindical (vide MP 873, que acaba com a contribuição sindical na fonte) e sobre a luta contra a reforma da Previdência.

As lideranças da ADUFS e do Sintufs lembraram também o Dia Nacional de Paralisação da Educação, 15 de maio, e da greve geral em defesa da aposentadoria que vai unificar todas as centrais sindicais no dia 14 de junho. 

E o ato seguiu noite adentro reunindo gerações e discursos que nunca haviam se encontrado na luta, para desembocar num "catracaço" com direito a jogral no Terminal de Integração ds UFS.

 Pela primeira vez, no exercício da sua cidadania, na luta pelos seus direitos e pelo seu lugar na sociedade, muitos jovens entenderam por que o lugar que alguns chamam de "Central Park" é na verdade a Praça da Democracia.

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