Tsunami da educação põe mar de gente no centro de Aracaju

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Passeata reuniu mais de 10 mil pessoas nas ruas do centro(Foto: Eric Almeida/ Mídia Ninja - NE)
Passeata reuniu mais de 10 mil pessoas nas ruas do centro(Foto: Eric Almeida/ Mídia Ninja - NE)

Em resposta aos cortes de 30% na verba das universidades e institutos federais anunciados pelo ministro da educação de Bolsonaro - Abraham Weintraub, os estudantes, docentes e funcionários técnico-administrativos fizeram uma grande greve da educação. Um movimento organizado por assembleias lotadas pelas categorias em todas as regiões do país já anunciava que a maré de luta viria forte.

Após o trancamento da Universidade Federal de Sergipe na parte da manhã (link da matéria de manhã) a praça General Valadão ficou pequena para os manifestantes que se concentraram para a passeata que saiu às 15h pelas ruas do centro de Aracaju. Foram cerca de 10 mil pessoas cantando palavras de ordem animadas pelas baterias e carros de som. “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”, avisaram os manifestantes. 

Um dos principais destaques do ato foi o grande número de estudantes secundaristas, do IFS, colégio de aplicação e escolas da rede pública estadual e municipal de Aracaju, cujo entusiasmo de manifestantes de primeira viagem contagiou toda a passeata.

“Certamente essa foi a maior manifestação de rua dos últimos 10 anos na cidade de Aracaju e a primeira que incomodou o governo Bolsonaro. A pauta da educação unifica, vimos nas ruas estudantes, pais de estudantes, professores, técnicos trabalhadores da educação.” ressaltou Romero Venâncio, professor de filosofia da UFS e diretor acadêmico cultural da ADUFS.

Na organização do ato, estiveram presentes as principais entidades de luta do estado: ADUFS, Sintufs, Sinasefe, Sintese, Sindipema, CSP-Conlutas, CUT, CTB, UGT, Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular - que reunem movimentos como MTST, MST, MCP, entre outros. Com a presença de diretórios e centro acadêmicos do movimento estudantil da UFS, além dos coletivos de juventude como o Afronte!, RUA, UJC, Quilombo e Levante Popular da Juventude.

O Tsunami da educação varreu todas as capitais do Brasil e DF - totalizando 222 cidades brasileiras e levando mais de 2 milhões de pessoas às ruas, segundo a UNE. Já no final do dia diante do sucesso da Greve Nacional da Educação a entidade convocou novas manifestações para o dia 30 de maio.

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