Estudantes fazem ato no hall da Reitoria pedindo a volta do Resun

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Estudantes almoçaram no chão da Reitoria como protesto (Carolina Timoteo/ADUFS)
Estudantes almoçaram no chão da Reitoria como protesto (Carolina Timoteo/ADUFS)

Na última terça-feira (11), por volta do meio-dia, estudantes do campus São Cristóvão fizeram ato pedindo a volta imediata do Restaurante Universitário e repudiando o atraso na contratação da nova empresa que prestará serviço no Resun.

Dezenas de estudantes reuniram-se no hall da Reitoria, onde centros acadêmicos cederam micro-ondas para que eles pudessem esquentar as marmitas e almoçar ali mesmo, sentados no chão, como forma de protesto. Eles reivindicaram a contratação de empresa alimentícia em regime de urgência, diante do descumprimento do prazo dado pela administração do Resun no início do semestre letivo, de três semanas, como publicamos em matéria no dia 30 de abril.

A administração acadêmica alegou que o atraso ocorreu por problemas no setor de licitações e os pró-reitores de Assuntos Estudantis (Proest) e de Planejamento (Proplan) atenderam os estudantes, explicando como funciona o processo de licitação.

Eles justificaram que a contratação em regime de emergência poderá demorar ainda mais burocraticamente, pois seria necessário realizar um processo de licitação do início. A Proplan se comprometeu a emitir notas públicas diárias a respeito dos procedimentos de contratação para o acompanhamento da comunidade acadêmica.

Ao final do ato, coletivos do movimento estudantil se reuniram para complementar com novas informações a carta de exigências, que será emitida em forma de nota pública. A Proest deu previsão da contratação até a próxima semana. 

Questionário revela dieta alimentar precária 
Diante de mais de um mês letivo sem o Resun, os estudantes organizaram pesquisa pelas redes sociais, via questionário online, entre os dias 6 a 10 de maio, sobre os impactos gerados pela falta do restaurante na vivência acadêmica. Obtiveram resposta de 950 alunos - 97% alegaram ser impactados negativamente.

Na pesquisa, 82% dos estudantes sentem que a refeição mais afetada pela falta do Resun foi o almoço, enquanto 51% dos estudantes preparam suas próprias refeições. Entre os estudantes que levam marmitas, 79% comem frio, pois não tem onde aquecê-las.

Nos dados, fica evidente que no último mês sem Resun os estudantes deixaram de seguir uma dieta balanceada. Cerca de 39% não está comendo salada, verdura e legumes e 53% não está consumindo suco de frutas nas refeições. Muitos revelam estar comendo salgados no horário do almoço, porque é mais caro manter uma alimentação saudável.

A pesquisa também revelou a quantia mensal média para o gasto com alimentação dos estudantes: 37% gastam menos de 100 reais; 33% gastam entre 100 e 200 reais; 20% gastam entre 200 e 300 reais; 10% gastam mais de 300 reais.

"Me mudei recentemente e não tenho geladeira, nenhuma alimentação minha por esses dias está sendo nutritiva porque falta dinheiro, estou comendo miojo, pão com mortadela, cuscuz", relatou a estudante de teatro Fernanda Araújo, que torce para que o processo seja agilizado.

"O Resun está fazendo muita falta e não só pra mim, eu vejo todos os meus colegas que estão passando muita dificuldade, o pessoal tá ficando sem se alimentar às vezes porque não tem mesmo o que comer.” 

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