Palestra com geóloga Patrícia Laier sobre o pré-sal e geopolítica lota o auditório da ADUFS

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Na manhã da última quarta-feira (07), a ADUFS recebeu em seu auditório a palestra “Geopolítica do petróleo: porque o mundo quer o pré-sal brasileiro?” ministrada por Patrícia Laier, geóloga da UERJ e diretora do Sindipetrp-RJ.

O professor Marcelo Ueki, secretário geral do sindicato, abriu a mesa saudando a presença da convidada: “É um tema fundamental para compreensão de nossa conjuntura, quanto mais pessoas tiverem acesso à essas informações estaremos mais fortalecidos para lutar contra as privatizações e defesa de nosso patrimônio nacional, que é a Petrobrás.”

A geóloga apresentou um breve histórico sobre a extração do petróleo e gás natural no país, passando minuciosamente por dados sobre as bacias, produção dos campos petrolíferos da Petrobrás e sua relação com a geopolítica global nas negociação de royalties. 

Ressaltou a importância do campo de Lula - o maior campo em produção em Água Ultra Profunda, com a maior produção do mundo e o campo de Búzios que já possui volume excedente da cessão onerosa.

“A Petrobrás confirmou em abril o ressarcimento de 9 bilhões em relação aos volumes das revisões de contrato de cessão onerosa que está amarrado ao leilão do Ocidente, porque o governo não tem como pagar sem dar uma mega pedalada fiscal. Se não ocorrer o pagamento, não haverá o leilão. Hoje no supremo vai ser julgado às 14h uma ação muito importante, onde será decidido se continuará as vendas sem seguir as regras das licitações. Isso não afeta só a indústria do Petróleo, afeta todas as indústrias associadas com ela e afeta muito a engenharia nacional”, compartilhou a geóloga.

Como perspectiva Patrícia pontuou a necessidade da criação de um preço “Santos-Campos”, fundamental para que o Brasil se imponha como importante exportador que é e continuará sendo por décadas, desde que os recursos sejam bem gerenciados. 

Patrícia também denunciou a falta de transparência de dados desde 2014 da ANP sobre os novos poços perfurados. “A transparência das informações de petróleo e gás natural é fundamental - nesse sentido a ANP tem muito o que aprender com os noruegueses, pois enquanto o NPD publica dados das reservas originais remanescentes (os tipos de biocarboneto, campo operador e concessionária) o boletim anual de reservas de lá trás apenas como bacia e a evolução das reservas.” 

“Uma política de petróleo e gás soberana sob os objetivos da política de petróleo e gás nacional devem ser reformulados, deixando para trás uma política de curto prazo de geração de receita para o governo, passando a ter uma política para o Estado portando-se novas medidas para assegurar a geração sustentável de receita do curto, médio e longo prazo.“, finalizou a geóloga. 

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