Docentes da UFS aprovam Estado de Greve e Consulta Pública para Reitoria

Notícias

Dezenas de professoras e professores da Universidade Federal de Sergipe, reunidos/as em Assembleia, na manhã dessa terça (03/12), aprovaram Estado de Greve.

Vale ressaltar que “Estado de Greve” não significa a deflagração imediata ou mesmo apontamento de greve para os próximos dias ou meses, mas sim colocar esse instrumento de mobilização para encaminhar as discussões dos problemas enfrentados pela categoria. “Tendo em vista a conjuntura e as medidas do governo federal que atingem diretamente os direitos da categoria, estado de greve quer dizer que iremos iniciar o debate sobre a oportunidade ou não de em futuro ainda não definido recorrer à greve para defesa dos nossos direitos”, disse Airton Paula Souza, presidente da ADUFS.

Para a professora Beatriz Freitas, o estado de greve é uma forma preventiva de mobilização para evitar a retirada de mais direitos. “É uma sinalização de que iremos nos antecipar para não perdermos ainda mais conquistas, para evitar um cenário ainda pior”, defende Beatriz, que também integra a diretoria da ADUFS.

Também favorável à decisão aprovada pela Assembleia, a professora Elza Francisca acredita que o estado de greve possibilitará “juntar mais gente, ampliar as conversas, chegar a colegas que por algum motivo não podem vir às assembleias e reuniões”.

Como grupo coordenador das ações relativas ao estado de greve, a Assembleia aprovou a formação do Comando Local de Mobilização (CLM), composto pela diretoria da ADUFS e os/as seguintes docentes: Edisio Oliveira, Elyson Nunes, Elza Francisca, Marcos Pedroso, Marileia Reis, Paulo Roberto Felix, Silvana Bretas, Veruschka Franca, Wellington Júnio Costa e Yanne Angelim.

Para o professor Paulo Roberto Felix, o CLM deve “impulsionar o trabalho corpo a corpo, fazer panfletagens, participar das reuniões de departamento, traduzir para os colegas os efeitos da conjuntura política e econômica nas nossas vidas”.

Consulta Pública para Reitoria

Outro ponto aprovado pela Assembleia dessa terça (03/12) foi a realização pela ADUFS, em diálogo com SINTUFS e DCE, de Consulta Pública paritária junto à comunidade acadêmica para o processo de sucessão da reitoria.

Como método de encaminhamento da Consulta, os/as docentes definiram que deve ser convocada uma Assembleia Geral unificada, com participação de professores/as, técnico-administrativos e estudantes, para aprovação do regimento, calendário e comissão eleitoral.

Participação em Ato Unificado

Ao final, a Assembleia aprovou também a participação da ADUFS nas mobilizações que acontecerão na próxima quinta-feira, 05/12, organizadas pelas Centrais Sindicais (CUT, CTB e Conlutas).

Nesse dia, a primeira atividade será no Terminal de Ônibus da UFS, no início da manhã, de diálogo com a população sobre os desmontes promovidos pelo Governo Federal. Em seguida, as entidades irão para a porta do Tribunal de Contas do Estado, manifestar contrariedade ao retorno de Flávio Conceição, condenado na Operação Navalha, como conselheiro do TCE. E, à tarde, sindicatos, movimentos sociais, populares e estudantis promoverão um ato no Calçadão da João Pessoa, também de denúncia dos ataques do governo Bolsonaro contra os direitos da classe trabalhadora.

Para o professor Saulo Henrique Souza, vice-presidente da ADUFS, as ofensivas do governo não deixam dúvidas sobre a necessidade de ações unificadas como medidas de resistência. “Esse é um governo neoliberal, autoritário e obscurantista. Precisamos do envolvimento de todos os segmentos democráticos para enfrentar e reverter esse cenário”, frisou.

  

  

  

  

 

Veja também