UFS EM LUTO: Golpe e Reitor biônico

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Nesta quarta-feira, 15/07/2020, por convocação do senhor reitor reuniu-se o Colégio Eleitoral Especial para consumação do maior golpe antidemocrático na UFS. Pela primeira vez nos últimos 40 anos se elege uma lista tríplice, antigamente sêxtupla, sem que seja dada à comunidade acadêmica (discentes, técnicos e professores) o legítimo direito de a eleição informal, paritária e legítima que sempre balizou as decisões do CEE.

Isso aconteceu porque o senhor reitor não apresentou candidatura /chapa na Consulta Pública que foi conduzida pelas entidades representativas da comunidade – ADUFS, SINTUFS, DCE e AAU – porque seu candidato não passaria pelo crivo da comunidade. Nem mesmo a Consulta Pública legal facultada pela legislação em vigor, mas com viés antidemocrático, posto que a paridade 1/3 para cada categoria não existe já que estatui que 70% seria o peso dos professores, o senhor reitor convocou. Novamente, nem nessa consulta antidemocrática passaria.

Valendo-se dos vais e vens  da legislação que trata das eleições  de listas tríplices e da conjuntura da pandemia, o senhor reitor convoca, então o CEE para proceder a eleição da lista tríplice, sem nenhuma consulta a comunidade,  nem mesmo a antidemocrática prevista na legislação; nem a legítima, histórica e tradicional consulta paritária que realizam as entidades representativas e que sempre foram a base da elaboração das listas pelo CEE.

Baseou-se no Artigo 22 do Estatuto que reza que a lista tríplice seria eleita e enviada ao MEC 150 dias antes do término do Mandato do atual reitor. Ocorre que a lei federal, no artigo 9 do Decreto 1.916/1996, estatui que o prazo final para envio da lista ao MEC é 60 dias antes do encerramento do mandato atual. Portanto essa reunião poderia ser realizada no início de setembro sem nenhum problema de ordem legal, e aí se teria tempo de realizar consulta, seja legal e/ou legítima, para ancorar as decisões do CEE.

Pergunta-se, então, por que não foi feito assim? Aqui voltamos às nossas colocações iniciais. O candidato do senhor reitor, não passaria pelo crivo do voto da comunidade. Esse candidato era totalmente desconhecido da comunidade universitária até ser alçado à condição de vice-reitor pelo atual senhor reitor, como elemento de preparação do caminho para a farsa/golpe que se consumou  dia 15/07. Dado o domínio execrável e antidemocrático do senhor reitor sobre os Conselhos Superiores, entrou como nome mais votado para a lista tríplice esse desconhecido acólito do senhor reitor

Como corolário da postura antidemocrática e autoritária no encaminhamento da questão, provavelmente  poderemos  ter o primeiro reitor BIÔNICO na UFS, porque este não passou pelos meses de debates e campanhas que as quatro chapas que se inscreveram e se apresentaram no processo eletivo democrático e legítimo que realizavam as entidades representativas. Vale lembrar que tal processo foi suspenso 2 dias antes da eleição presencial devido à suspensão das atividades presenciais da UFS em 18/03/2020. Nessa situação, a Comissão Eleitoral, solicitou ao reitor que cedesse o uso do SIGEleição para que a Consulta se consumasse via eletrônica, online, o que foi negada pelo senhor reitor. Por que isso? Porque seja qual for a paridade e/ou método da eleição o seu BIÔNICO não passaria.

Assim chegamos à famigerada reunião do CEE em 15/07 que, manipulada pelo senhor reitor, sufraga o BIÔNICO como primeiro da Lista Tríplice. Esse fato lamentável antidemocrático e autoritário do senhor reitor consumou o maior GOLPE QUE A DEMOCRACIA JÁ SOFREU NA UFS.

GOLPE e BIÔNICO, que jogam no lixo 40 anos de democracia, transparência e legitimidade na eleição de Reitor na UFS.

Respeito à comunidade

FORA BIÔNICO !

ADUFS REPUDIA O GOLPE ANTIDEMOCRÁTICO!!!

 

São Cristóvão, 16 de julho de 2020

Diretoria da ADUFS

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