Demonstrando preocupação apenas em atingir metas e atender às pressões do MEC, e ignorando os efeitos reais da pandemia na vida das famílias brasileiras, gestores de universidades públicas têm aprovado a implementação do Ensino Remoto.

Na Universidade Federal de Sergipe, sem uma discussão ampla com o conjunto da comunidade acadêmica, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe), em reunião no dia 2 de setembro, aprovou a retomada das aulas de forma remota, com início previsto para 19 de outubro.

Para a ADUFS, que pleiteou assento no GT que discutiu o Ensino Remoto Emergencial e se posicionou contra a medida, essa modalidade de ensino tende a ampliar desigualdes e provocar ainda mais adoecimentos, já que ignora tanto as diferentes realidades de acesso às tecnologias de informação e comunicação quanto as consequências da pandemia de covid-19 na saúde mental de docentes, discentes e técnico-administrativos.

Frente a este cenário, a ADUFS lançou uma consulta exclusiva aos professores e professoras da UFS. O objetivo é desenvolver um diagnóstico da situação docente da UFS em relação ao Ensino Remoto, tanto em termos de posicionamento quanto no que diz respeito às condições técnicas.

“Nossa proposta é fazer um monitoramento do ERE na UFS. Iniciaremos com uma espécie de enquete de apenas três perguntas, que nos possibilitará compreender a visão dos professores e professoras sobre o tema para, a partir disso, definir estratégias de denúncia e encaminhamento dos possíveis problemas identificados”, explica Beatriz Freitas, diretora da ADUFS.

Participe da Consulta sobre Ensino Remoto clicando aqui.