A diretoria da Associação dos/as Docentes da Universidade Federal de Sergipe tem acompanhado e se solidarizado com as mais de 200 famílias que, desde o dia 3 de setembro, estão acampadas em frente à sede administrativa da Prefeitura de Aracaju.

Oriundas da Ocupação das Mangabeiras, no bairro 17 de Março, as famílias reivindicam o pagamento do auxílio-moradia, que deveria ter sido realizado no final de julho, quando, de forma truculenta, foram expulsas da área por agentes da Guarda Muncipal.

Conforme relatos de lideranças da Ocupação, as famílias foram impedidas de realizar o cadastramento para serem incluídas no pagamento do auxílio-moradia e desde o despejo têm sido abrigadas por parentes e amigos em bairros de Aracaju, chegando a concentrar até 5 famílias em uma casa com apenas dois quartos.

“Aquelas famílias estão completamente desassistidas pelo poder público municipal, o que é lamentável e merece o nosso repúdio. Todos os dias, mulheres, homens, crianças e pessoas idosas têm enfrentado chuva, calor e fome, o que amplia as suas vulnerabilidades, num momento de ainda maior necessidade de proteção e cuidados com a saúde, por conta da pandemia”, denuncia Marcelo Ueki, diretor da ADUFS, que esteve na manhã dessa quarta-feira (16) junto às famílias no acampamento.

Além de articular uma campanha de arrecadação e distribuição de alimentos às famílias, a diretoria da ADUFS – junto com outros sindicatos, movimentos sociais e centrais sindicais – está reivindicando que o prfeito Edvaldo Nogueira e os órgãos municipais de moradia, assistência e previdência recebam imediatamente as famílias.