ADUFS convida movimentos sociais para Assembleia contra a intervenção na UFS

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Visando intensificar os esforços em defesa da autonomia e da democracia na Universidade Federal de Sergipe, a ADUFS realiza, nessa sexta-feira, 27/11, às 15h, uma Assembleia da categoria docente da universidade com a participação de organizações e movimentos da sociedade civil.

Em respeito às medidas de distanciamento social, a Assembleia acontecerá por meio da plataforma Zoom. Para participar, basta clicar no seguinte link: https://zoom.us/j/95862594209?pwd=NldzSjFtTHM5NmpiSEJVMnZybk1yUT09

A reunião discutirá a intervenção do Ministério da Educação na UFS, confirmada com a nomeação e posse de Liliádia da Silva Oliveira Barreto como reitora pró-tempore da instituição.

“A UFS cumpre um papel determinante para o desenvolvimento do estado de Sergipe. É na UFS que são realizados projetos de pesquisa e extensão que contribuem para a identificação e resolução dos problemas da população, afinal a ciência e o conhecimento acadêmico extrapolam os muros da universidade. É por isso que, num momento de ataque direto a essa instituição, convidamos organizações representativas da sociedade para ampliar o apoio à defesa da democracia e da autonomia universitária”, afirmou Airton de Paula Souza, presidente da ADUFS.

Posicionamentos contra a intervenção

Essa atitudade autoritária do Governo Federal, que atenta contra a autonomia da UFS, tem sido repudiada por diversas entidades da sociedade civil sergipana que, desde o início da semana, têm se manifestado publicamente contra a intervenção.

O ANDES-SN qualificou a intervenção como “mais uma ação arbitrária do governo Bolsonaro”. Para a diretoria do sindicato nacional docente, “a escalada antidemocrática sobre as universidades está alicerçada em um projeto autoritário e subserviente para o Brasil, que visa atacar os direitos conquistados pela classe trabalhadora e o aprofundamento do caráter dependente da economia do país”.

Na mesma perspectiva, a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e a Executiva Nacional dos/as Estudantes de Serviço Social (ENESSO) ressaltaram que a medida não é uma ação isolada, mas parte da prática do atual Governo Federal de sucessivos ataques às universidades. “Tal postura autoritária, fascista e truculenta tem sido a tônica do projeto ultraneoliberal do governo Bolsonaro que elege, entre outros, a ciência e as universidades, como inimigos de seu governo e tenta, de todas as formas, aniquilar, pela sua política negacionista, o papel fundamental que a ciência e as universidades têm na construção do conhecimento e deste na materialização de alternativas para os males que afligem nossa sociedade, como tem sido o caso do importante papel destas Instituições no avanço de descobertas e vacinas com relação ao novo coronavírus”, ressaltaram em carta conjunta ABEPSS, o CFESS e a ENESSO.

A CSP-Conlutas, central sindical a qual a ADUFS é filiada, ressalta que “o comportamento autoritário vem ocorrendo desde as eleições para reitor e vice-reitor, que aconteceram neste ano. Walter Joviniano, atual vice-reitor da universidade, foi indicado pelos Conselhos Superiores ao processo eleitoral sem ter passado pela Consulta Pública”.

Também se posicionando contra a intervenção na UFS, a Central Única dos Trabalhadores frisou a importância da universidade para o desenvolvimento do estado e defendeu o protagonismo da comunidade acadêmica nas definições dos rumos da instituição.

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