Desde o início da manhã desta quarta-feira (7), um grupo de estudantes organizados a partir do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e de Centros Acadêmicos ocupa o Hall da Reitoria da UFS, no Campus São Cristóvão, para protestar contra os novos cortes orçamentários na Educação. 

Somados os cortes e os bloqueios, somente no ano de 2022, a UFS já perdeu cerca de 10 milhões de reais. Com isso, a Instituição que já opera com racionalização administrativa e de custos, incluindo redução de horário desde o início do recesso acadêmico (Portaria Nº 1251 de 25 de Novembro de 2022), já anunciou que não terá como assegurar o pagamento de pelos menos 3 mil bolsas e auxílios para estudantes. 

O estudante de História e presidente do DCE João Pedro Vieira pontua que o não pagamento do auxílio tem impacto direto na vida dos estudantes, "são recursos que garantem a sobrevivência e a permanência na Universidade. O estudante depende da bolsa e do auxílio para pagar aluguel, conta de água, luz, internet, para comprar, inclusive, alimentação", destacou.  

Diante da gravidade da situação, representantes das entidades sindicais da Educação de Sergipe - Adufs, Sintufs, Sindipema, Sintese, Sinasefe e CUT -, estiveram no ato para prestar solidariedade aos estudantes e reafirmar o compromisso com a luta em defesa de uma educação pública, laica, gratuita e socialmente referenciada. 

Em seu discurso, o presidente do Sintese Roberto Silva lembrou do ataque sistemático orquestrado pelo presidente derrotado nas últimas eleições. "Precisamos de uma resposta da Reitoria da UFS e também precisamos nos somar a outras lutas. O INSS está suspendendo as atividades na próxima quarta-feira porque não tem mais recursos para o funcionamento das agências, inclusive todas as perícias estão suspensas até o dia 31 de dezembro. É um cenário de negação do Estado enquanto promotor de políticas públicas para o povo brasileiro", concluiu.

Confira no vídeo, a fala do estudante João Pedro (DCE) e a saudação de Roberto Silva (Sintese), em nome de todas as entidades sindicais: 

Em defesa da UFS e contra o desmonte da Educação.