NOTA DE REPÚDIO
Pelo reforço às manifestações presenciais em assembleias coletivas de forma pacífica e respeitosa
No dia 20 de março de 2024, nesta quarta-feira, na Assembleia da ADUFS, em meio a um debate após a aprovação do indicativo de greve por nossa categoria, o professor Kleber Matos insistiu em colocar em votação uma consulta pelo Sigaa sobre o indicativo de greve.
A mesa fez o esclarecimento de que a proposta não foi acatada porque o assunto já tinha sido deliberado através de votação e ainda que eventual consulta eletrônica fere as normas previstas no Estatuto do ANDES-SN.
O Estatuto define que é nas assembleias que devem ser tomadas as deliberações da categoria, porque possibilita o debate político e a livre manifestação das pessoas associadas, condições que são imprescindíveis para fundamentar as decisões da categoria, sobretudo em casos de decisão de greve.
Contudo, mesmo com o esclarecimento, o professor se direcionou de forma desrespeitosa à mesa composta três mulheres da Diretoria da ADUFS e tentou tomar o microfone da mão da presidenta, professora Josefa Lisboa.
Nesse momento, várias sindicalizadas e sindicalizados, bem como participantes da assembleia intervieram e se manifestaram contrárias e contrários a essa atitude do professor.
Ainda assim, considerando nossa posição pacífica e nossa constante luta por liberdade de expressão, o microfone foi concedido ao professor que, em sua fala, além de não ter assumido a responsabilidade pela violência cometida, ainda tentou inverter a situação.
A ADUFS através desta nota esclarece os fatos e repudia qualquer violência política de gênero.
Ressaltamos que o Brasil é recordista em casos de violências contra as mulheres e que práticas como essas em um espaço político de debates, como é a assembleia docente, visam calar, intimidar e impedir que as mulheres cheguem e permaneçam em espaços de decisão.
Essa atitude não atacou apenas as professoras que estavam na mesa ou presentes na assembleia, mas todas as mulheres, expressando nitidamente a face da violência política de gênero que sofrem ao ingressarem na política.
Por isso, é com indignação que nós da ADUFS repudiamos qualquer violência política de gênero e reforçamos o nosso compromisso com o enfrentamento de todas as formas de violência contra a mulher.
A violência política de gênero ameaça à democracia e a construção de uma sociedade justa e igualitária!
Diretoria da ADUFS
São Cristóvão
20 de março de 2024