VOTAÇÃO INCONTESTÁVEL

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O último dia do professor e da professora fincou os pés na história da UFS. O sistema SigEleições recebeu mais de 15 mil votos entre às 00:01 e 22h30 na última terça-feira, 15 de outubro. A chapa 2 “UFS da Gente!”, composta pelos professores André Maurício e Silvana Bretas, foi a vencedora do pleito com 10.102 votos de estudantes, docentes e categoria técnico-administrativa.

Já a chapa 1 “Sou Mais UFS”, composta pelo atual reitor Valter Joviniano e pela professora Martha Suzana, ficou em segundo lugar com 3.763 votos. A chapa 3 “De mãos dadas somos mais fortes”, encabeçada pelo vice-reitor Rosalvo Ferreira e pela professora Rogéria Nunes, logrou 795 votos e a chapa 4 “Ensino e Liberdade”, dos professores David Soares e Alan Almeida, obteve 212 votos.

Pela primeira vez na UFS um reitor em exercício não será reconduzido ao cargo. A reeleição para Reitoria e Vice acontece desde 1996, e de lá pra cá os professores José Fernandes Lima, Josué Modesto e Ângelo Antoniolli foram reeleitos pela comunidade acadêmica.

O GOLPE DE 2020 E A ELEIÇÃO 70-15-15

Eleito por 37 votos em um Colégio Eleitoral Especial atravessado por irregularidades em meio à pandemia de Covid 19, os professores Valter Joviniano e Rosalvo Ferreira viraram as costas para qualquer processo de consulta à comunidade acadêmica. Os professores foram empossados em março de 2021, sucedendo a interventora Liliádia Barreto que se encontrava no cargo desde novembro de 2020.

Pari passo, a Resolução nº 44/2022 aprovada no CONSU estabeleceu a quebra na paridade entre docentes, estudantes e categoria técnico-administrativa, estabelecendo a letra morta da Lei na imposição da proporção 70-15-15, fazendo com que o voto de 1 docente valha quase 5 vezes mais que o voto de um estudante ou um servidor técnico-administrativo. Como se não fosse pouco, a Resolução ainda vetou a participação de aposentadas e aposentados na eleição.

DERROTADOS EM SEU PRÓPRIO TERRENO

Mesmo com todos os limites, gargalos e uma série de manobras jurídicas que acabaram por diminuir ainda mais o período de campanha, a voz da comunidade acadêmica prevaleceu. A partir do cálculo que nivela os votos de docente, estudante e técnico no mesmo peso, a chapa 2 recebeu 69,7% dos votos válidos.

O mesmo grupo que, juntamente com a chapa “Ensino e Liberdade”, participara do pleito organizado pelas entidades representativas em 28 e 29 de agosto. Mesmo sem contar com qualquer apoio institucional e sob forte campanha de boicote, a consulta pública presencial recebeu a maior votação dos últimos 20 anos.

A ADUFS cumpriu o seu papel de denúncia tanto aos setores que orquestraram o golpe de 2020 quanto às frações da extrema direita na Universidade Federal de Sergipe, assim como estimulou a categoria docente a participar do pleito que contou com o voto de mais de 90% do setor.

Aguardamos a finalização do rito eleitoral, que todas as partes reconheçam o resultado e que o envio da lista oficial ao Ministério da Educação ocorra sem percalços. A ADUFS seguirá cumprindo o seu papel mobilizador e fiscalizador em torno da defesa da categoria docente, do aprofundamento democrático na instituição e na luta pela Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.

Resultado Final

Relatório Final SigEleições

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