ASSEMBLEIA
Docentes da UFS repudiam distribuição de vagas para concurso sem critério

Reunidos na tarde da última terça-feira (18), a categoria docente da UFS repudiou a destinação de 19 vagas de docente para concurso sem observância de critério e necessidade real dos departamentos e centros.
A Portaria nº34/2025, publicada em 10 de janeiro, estabelece a distribuição de 19 das 31 vagas estabelecidas pelo Ministério da Educação. A ação vai de encontro à Nota Técnica do Grupo de Trabalho Docente, proposta pela Sidi em março de 2024, que apresenta uma proposta de critério e uma apresentação de demandas. A proposta não chegou a ser homologada pelo GT, mas era a única referência com o estabelecimento de critérios, ainda que discutíveis. Veja abaixo a diferença entre a distribuição anunciada pela portaria e os números extraídos pelas recomendações iniciais da Nota Técnica.
De acordo com o professor Josenildo Guerra, integrante do GT a partir da representação do CECH, o grupo foi proposto em dezembro e sua efetivação se deu em março de 2024.
"No início dos trabalhos do GT, tivemos apenas a discussão de um modelo de base estatística proposto pela Sidi. O modelo foi discutido, recebeu contribuições, mas ainda assim apresentava inconsistências. Nós do CECH discutimos um modelo, apresentamos à presidência do GT, que recebeu, se comprometeu a colocar em discussão, mas isso nunca foi feito. No recesso, em inicio de janeiro, uma proposta da Progep, que nunca havia sido discutida no GT, foi enviada para análise apenas da Sidi e da Prograd, que se manifestaram com um 'nada a opor'. Essa proposta fundamentou a portaria assinada pelo reitor. Seus critérios até hoje não foram esclarecidos, porque permanecem sem respostas os pedidos que fizemos nessa direção. A portaria não é resultado do trabalho do GT, é resultado apenas da vontade Progep, da Prograd e da Sidi, fruto de critériosos que desconhecemos".
Após a publicação da portaria, alguns componentes do GT organizaram um Pedido de Reconsideração ao reitor em exercício, Valter Joviniano, visando resguardar o que estabelece as resoluções 01/79/CONSU, nº21/99/CONSU, nº 41/2023 CONSU.
A assembleia decidiu por subscrever o pedido de reconsideração, repudiar a Portaria N°34/2025 e aprofundar o debate sobre as principais demandas para destinação de vagas cursos, departamentos e campi da UFS.
O professor Romero Venancio, presidente da ADUFS, ressaltou a necessidade de fiscalização dos processos e ampliação da transparência na instituição. “É necessário que haja critério, transparência e participação da comunidade neste processo. Não admitiremos que este ciclo vicioso se perpetue na UFS”, afirmou.
ACORDO DE GREVE
A assembleia discutiu rapidamente sobre as parcas novidades acerca da Lei Orçamentária Anual de 2025, onde está previsto o reajuste linear de 9 conquistado na greve nacional de 2024. O texto segue sem previsão para votação no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira (20), haverá em Brasília-DF um grande ato para pressão e corpo-a-corpo com os congressistas para aprovação célere da LOA. Não foi definido envio de nenhum representante de Sergipe por questões financeiras.