Por Carolina Timoteo

A noite de abertura da V Semana da Visibilidade Trans aconteceu em tom de festa e resistência, na última terça-feira (29), comemorando também um ano de existência da CasAmor LGBT - casa de acolhimentolo no bairro Inácio Barbosa que presta serviços à comunidade LGBT.

A programação composta por artistas Trans contou com exposição de artes plásticas, intervenções de poesia, discotecagem e show de rap da cantora Isis Broken e do grupo Travas Nagô. Tivemos a oportunidade de conversar com a artista Alice Pagan, que nos contou um pouco sobre sua exposição ‘PRENDAda desTRAVAda’. “Essa é a segunda vez que a gente expõe, agora estou me descobrindo também artista plástica. Eu descobri na tela um momento de aliviar as tensões do processo de transição, na verdade dos processos de aceitação da minha verdadeira identidade”, contou Pagan.

Ela explicou também o título da exposição. "Através do discurso transfeminista a gente consegue redescobrir novas formas de se compreender como mulher. Essa tensão entre a mulher prendada e a mulher trava (travesti), refletindo sobre que mulher é essa que está emergindo dos processos trans e das relações cis.”

Garot@s do calendário
Além da programação de abertura, a organização da Semana optou dar visibilidade aos artistas T de Aracaju, convidando-os para as fotos de destaque do calendário anual - produzido pelo coletivo para financiar os demais gastos do evento.

Malluh Andrade, atriz e militante da AMOSERTRANS, nos contou sobre a ideia: “Este tipo de iniciativa é um norte massa para a militância aqui em Aracaju, especialmente por ser o Dia da Visibilidade Trans. Eu como artista mulher estou inserida na arte há mais de 10 anos e a importância é exatamente esse reconhecimento, as pessoas trans e travestis continuam em alguns momentos e espaços invisibilizadas”.

A Semana da Visibilidade Trans segue até a sexta (1) com programação na UFS e outros pontos da cidade.

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