Professores da UFS aprovam greve geral contra reforma da Previdência

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Reunidos em Assembleia Extraordinária Geral, na manhã desta terça-feira (11), no auditório da ADUFS, os professores da UFS aprovaram por unanimidade a paralisação na greve geral da próxima sexta-feira, 14 de junho, contra a reforma da Previdência. 

"Acabamos de aprovar a nossa participação, a categoria dos professores da UFS, juntamente com as centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, na greve geral de 14 de junho contra a reforma da Previdência, os cortes na educação e por mais empregos", conta o professor Marcelo Ueki, presidente em exercício da ADUFS. 

Em Aracaju, além da paralisação dos ônibus, bancos e lojas do comércio, está marcado um ato a partir das 15h na praça General Valadão - palco das últimas grandes manifestações em defesa da educação. 

A greve geral de 14 de junho foi marcada pelas principais centrais sindicais do país, CUT, CTB, UGT e CSP-Conlutas, à qual a ADUFS é filiada. O ANDES-SN também aprovou a construção da greve geral em seu congresso nacional, orientando a adesão de suas seções sindicais espalhadas pelo país. 

"O governo tenta passar a imagem pra população de que sem a reforma da Previdência o país não vai desenvolver, a gente sabe que isso é uma mentira. Há muito, mas muito dinheiro, e essa reforma nada mais é do que transferir esses recursos pra o sistema financeiro, aumentar o lucro dos bancos, principalmente em detrimento da população mais pobre, então não podemos deixar que isso aconteça", argumenta o professor Marcelo Ueki.

Greve geral acontece na esteira da Vaza Jato
A paralisação acontece numa semana em que um novo escândalo abalou as estruturas do governo Bolsonaro. O site The Intercept Brasil, liderado pelo jornalista inglês vencedor do prêmio Pulitzer Glen Greenwald, revelou trocas de mensagens secretas do então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e do procurador da República Deltan Dallagnol, principal nome da Operação Lava-Jato.

Elas evidenciam que eles combinaram ações, inverteram operações e trocaram informações privilegiadas durante o polêmico processo que levou à condenação do ex-presidente Lula, articulando Promotoria e Juízo.

Uma das matérias mostra que o próprio Deltan Dallagnol, num grupo de procuradores em aplicativo de troca de mensagens, duvidava das provas que seriam anexadas ao processo do tríplex quatro dias antes de apresentar a denúncia à Justiça. Foi neste processo que Moro condenou Lula à prisão, ajudando a pavimentar a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. Apenas 85 horas após o fim das eleições, Moro deixou a toga e aceitou convite para participar do novo governo.  

As mensagens também revelaram que Moro e Dallagnol se articularam para barrar a entrevista de Lula, já na prisão, no segundo turno das eleições, à Folha de S. Paulo - com temor de que ela pudesse “ajudar a eleger o Haddad”, que substituiu o ex-presidente na corrida presidencial. O vazamento, já conhecido como Vaza-Jato, caiu como uma bomba nas instituições da República (dado o grau de promiscuidade entre as partes e de aviltamento do direito processual) e no próprio governo Bolsonaro, que agora administra mais uma grave crise na semana da greve geral.

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