Em reunião ampliada conjunta, realizada na tarde dessa segunda-feira (20/01), docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes da UFS discutiram a conjuntura educacional em âmbito federal, em especial as implicações da Medida Provisória 94/2019, e a consulta pública para a Reitoria da universidade.

O professor Airton Paula Souza, presidente da ADUFS, ressaltou que o Governo Federal insiste no projeto de sucateamento da universidade pública, por meio de tentativas de retirada de direitos e fragilização da autonomia universitária, a exemplo da MP 94, publicada em 24 de dezembro do ano passado. “Mais uma vez, esse governo autoritário ataca a educação e busca violar a autonomia, que é um princípio fundamental da universidade pública brasileira”, disse.

Airton destacou também que as diversas entidades da área da educação estão empenhadas na suspensão dos efeitos da MP. “O ANDES e outras categorias entraram com uma ação no STF, produzimos notas públicas e estamos nos movimentando contra mais essa investida do governo”, afirmou.

Para Andrea Depieri, professora do Departamento de Direito, a MP 94 é “uma ilusão, um conjunto normativo cavalo de troia, que não atende aos anseios das comunidades universitárias por democracia direta nas eleições para as reitorias”.

O presidente da ADUFS informou ainda que, em nível nacional, foi encaminhada a realização de uma Greve Geral para o dia 18 de março, como parte de uma agenda de mobilizações dos Servidores Públicos Federais.

Frente a este cenário, as entidades sindicais e estudantis reafirmaram o compromisso com a realização da Consulta Pública para Reitoria da UFS, que teve o seu processo iniciado em 11 de dezembro, mas avaliam ser necessário o remanejamento de algumas datas do calendário eleitoral.

Assim, a reunião aprovou, por unanimidade, uma Assembleia Geral Universitária para a próxima quinta-feira, dia 23 de janeiro, às 9h.