Em Assembleia realizada na tarde dessa terça-feira, 10, professoras e professores da Universidade Federal de Sergipe aprovaram a participação da categoria na Greve Geral da Educação e do Serviço Público, que acontecerá no dia 18 de março em todo o Brasil.

Organizada por centrais sindicais, sindicatos, movimentos populares e estudantis, a Greve do dia 18 será um importante momento de resistência aos sucessivos ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, além de repúdio aos atos e discursos que propõem o fechamento do Congresso Nacional e o retorno da Ditadura Militar.

No que diz respeito à defesa da educação pública e gratuita, a Greve de 18 tem também diversas pautas, como:

• Revogação da MP 914, contra as intervenções nas IES e em defesa da autonomia e da democracia nas instituições;
• Imediata recomposição do orçamento das Universidades, IFE e CEFET;
• Imediata liberação dos concursos públicos;
• Defesa do direito à capacitação e qualificação docente;
• Recomposição do orçamento da Ciência e Tecnologia Públicas e da CAPES e CNPQ;
• Contra os programas Future-se e Novos Caminhos;
• Revogação da EC 95.

Indicativo de Greve Docente

Essas medidas em curso adotadas pelo Governo Federal exigem reações objetivas e de maior impacto. Nesse sentido, a Assembleia Docente da UFS aprovou também o Indicativo de Greve por tempo indeterminado a partir do mês de maio.

De acordo com o presidente da ADUFS, Airton Paula Souza, a questão do movimento grevista “está sendo discutida desde setembro. O entendimento do Congresso do ANDES, que aconteceu em fevereiro deste ano, é de que a única saída frente a essa conjuntura e a esse massacre que está sendo promovido contra as universidades e nós, professoras e professores, é o indicativo de greve por tempo indeterminado”.

As definições a respeito do Indicativo de Greve aprovadas na Assembleia serão apresentadas e discutidas na Reunião dos Setores das Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior do ANDES, nos dias 14 e 15 desse mês, em Brasília.