COMUNICADO DA ADUFS EM RESPOSTA AO TEXTO DO VICE-REITOR INTERVENTOR DA UFS

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A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS) vem a público responder ao texto assinado pelo prof. Pedro Durão, vice-reitor interventor, no qual ele afirma que: “Neste breve período de trabalho, também foram realizadas várias reuniões com gestores de diversas unidades da UFS e representantes de entidades sindicais e estudantis, como a ADUFS, Sintufs e DCE, reabrindo canais de diálogo que haviam sido fechados na gestão passada, para reafirmar o propósito de realizar uma gestão eficiente, em respeito à lei e pautada pelo mais elevado interesse público." (Blog JL Política, em 15/12/2020).

De fato, a ADUFS solicitou reunião com a reitora interventora, conforme deliberado em assembleia da categoria. Representantes da Diretoria da ADUFS, acompanhados de duas professoras indicadas na Assembleia, estiveram presentes na reunião, que ocorreu no último dia 4 de dezembro, da qual também participaram a Reitora e seu vice, o assessor de comunicação e um membro da Ascom.

Na referida reunião, nos propusemos a escutar os representantes da reitoria, a fim de elucidar o sentido da intervenção e a expor as seguintes questões: até quando durará a gestão, já que é "pró-tempore"? A consulta pública realizada pelas entidades da comunidade universitária será viabilizada? Teremos novas eleições na UFS? Será encaminhada a lista tríplice eleita nos conselhos? Qual o projeto de educação que apresenta para a UFS nesse momento?

Para todas as perguntas, as respostas sinalizavam para o fato de que a gestão da UFS não tem autonomia e que todas as decisões serão tomadas pelo MEC. A resposta "estamos aguardando a posição do MEC" apareceu reiteradas vezes.

Ainda que o termo “democracia” aparecesse nos discursos dos gestores interventores, tornava-se claro que, na prática, as decisões responderão ao projeto do Ministério da Educação para as Universidades. Em nenhum momento nos foi dito que seremos consultados sobre como conduzir a universidade.

Concluímos a reunião reiterando que essa gestão não é legítima, dado que ela não foi eleita em nenhuma instância da UFS, o que a deixa sem respaldo para exercer os cargos que ocupam na condição de interventores.

Convém ressaltar que em nenhum momento tratamos sobre as formas de diálogo com as gestões anteriores. Também não entendemos que o resultado da supracitada reunião sinalize abertura de um canal de diálogo, tendo em vista a ilegitimidade da intervenção.

A verdade precisa ser reestabelecida para o bem do serviço público democrático e da Universidade Federal de Sergipe.


Diretoria da ADUFS – 16 de dezembro de 2020

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