Docentes da UFS aprovam estado permanente de Assembleia

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Na segunda-feira (6), aconteceu Assembleia da Adufs para avaliar o 41º Congresso do Andes, ocorrido em fevereiro, no Acre, e deliberar sobre as lutas coletivas da categoria docente.

Um dos pontos sensíveis do Congresso foi a discussão sobre a permanência ou desfiliação do Sindicato Nacional à Central Sindical e Popular CSP-Conlutas. Por 262 votos favoráveis, 127 contrários e 7 abstenções, as e os congressistas deliberaram pela desfiliação. A decisão foi diferente da posição aprovada na Assembleia da Adufs, em janeiro. 

A presidenta da ADUFS Josefa Lisboa apresentou algumas razões para a saída das fileiras da CSP, “destaco dois motivos para essa decisão dos professores. Um diz respeito a avaliação feita nos últimos cinco anos de que havia um sectarismo da Central, que afastou a nossa categoria do conjunto das lutas da educação e dos professores do Brasil. Um segundo ponto é a compreensão de que a CSP demorou a apoiar a candidatura do presidente Lula, tendo em vista que não se tratava apenas da eleição do presidente, mas da derrubada de um projeto fascista e da retomada das possibilidades de fazer política no país. Isso fez com que a nossa categoria se afastasse da Central e compreendesse que era preciso romper com essa relação”, explica. 

Um Seminário Nacional promovido pelo ANDES-SN sobre a reorganização da classe trabalhadora deve acontecer ainda em 2023. Até lá, as seções sindicais, com apoio do GTPFS, devem realizar reuniões e seminários locais para discutir e divulgar a importância das centrais sindicais na organização das lutas em defesa da classe trabalhadora. 

Campanha Salarial e Agenda de lutas

Outra questão debatida durante a reunião foi a Campanha Salarial das servidoras e servidores federais. A orientação é continuar as mobilizações nacionais e locais e seguir em diálogo com o governo federal. As e os docentes rejeitaram a proposta de 7,8% - apresentada pelo governo durante a 2ª rodada da Mesa Nacional de Negocição Permanente. Está marcada para a tarde de sexta-feira (10), a 3ª rodada de negociação com o governo.

A categoria defende a reposição emergencial imediata das perdas salariais decorrentes da corrosão inflacionária e toma como base o índice de 26,94%. Além disso, defende também a desvinculação da verba remuneratória da verba de gratificação. Um segundo passo será a luta pela recomposição integral das perdas salariais históricas, pois segundo análises das entidades sindicais essas defasagens são de pelo menos 40%.

Para corroborar as lutas do Serviço Público Federal, ficou deliberado o estado permanente de Assembleia. A ADUFS também vai se empenhar na mobilização de uma reunião com o Fórum Estadual das Entidades Federais em Sergipe (FOESSFE). 

A próxima agenda de luta está marcada para o dia 15 de março (terça-feira). O “Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio" terá ações, em todo o Brasil, convocadas pelas entidades do movimento estudantil e sindical da Educação. O objetivo é pressionar o governo federal para reverter os retrocessos impostos ao processo de ensino e aprendizagem de crianças e jovens brasileiros/as. Nesse dia, às 19 horas, a ADUFS promoverá o debate #RevogaNovoEnsinoMédio, com a participação de referências na luta por uma educação pública, gratuita e socialmente referenciada. A atividade será no Auditório da Associação. 

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