Assembleia Geral da Adufs decidiu pela paralisação nacional junto ao Andes, pelo reajuste salarial

Notícias

Na manhã desta sexta-feira, 25, a Adufs realizou Assembleia Geral, para tratar da avaliação da proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal e a paralisação docente indicada para o dia 30/08.

As/os docentes estiveram presentes e debateram a importância de se manter na mobilização pelo reajuste, mesmo sem o Governo Federal ter apresentado um indicativo de reajuste, conforme esperado pela categoria.

A diretoria apresentou estudo do Dieese que calculou as perdas salariais considerando o período do Governo Lula em 2010 até junho de 2023. O que a categoria reivindica é que as perdas históricas sejam revistas e o Governo possa apresentar um novo índice.  “Um estudo da professora Amauri mostra que nós temos perdas históricas por volta de 45%”, ressalta professor Jailton Marques.

O professor Jailton Marques, trouxe como exemplo sua ficha financeira, onde expôs um gráfico referente ao período de janeiro de 2015 (ocasião em que ele era associado 1) a maio de 2023 (já na condição de professor titular). “O fato é que apenas a correção pelos índices inflacionários nesse período envolvendo vencimento básico mais retribuição por titulação conduziria ao mesmo valor real como titular, ou seja, as progressões em nada influenciaram”, completou.  

A presidenta Josefa Lisboa explicou que os docentes estão na categoria 2 do estudo do Dieese. “As perdas do bloco 2 vão de 39% a 40,55% entre IPCA e INPC”.

 Na ocasião, a diretoria informou que as negociações permanecem, já o debate sobre a carreira das/dos docentes será realizado a partir da mesa específica. As mesas setoriais continuam acontecendo de forma permanente.

A categoria também discutiu a proposta do Fonasefe, que apresentou uma proposta de reajuste para ser dividida em três parcelas da seguinte forma: 2024 (11,82%), 2025 (16,29%) e 2026 (16,29%), totalizando os 39,89%.

O professor Romero Venâncio enfatizou a urgência de estratégias para mobilizar as/os docentes, e que tem observado que a ausência não é só em âmbito local, mas nacional. Um outro ponto abordado é a falta de um projeto explícito do Governo Federal para o ensino superior.

Como parte das ações da campanha de reajuste salarial, ficou decidido em assembleia pela paralisação das professoras e professores da UFS, acompanhando a mobilização pelo Dia Nacional de Paralisação, dia 30, conforme o indicativo do Andes, diante da decisão, a diretoria convoca toda a base para se somar nas ações que serão divulgadas nos próximos dias. Também foi aprovada a ida de representantes para as atividades de mobilização em Brasília reforçar as demandas da categoria.

Veja também