Sem reajuste real, docentes e servidores da UFS seguem na mobilização nacional

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Na manhã dessa quarta-feira, 30, docentes e demais servidores da UFS, ocuparam o auditório da Adufs desde às 8h da manhã para dialogar com as categorias presentes no ato e assembleia geral pelo reajuste salarial. A mobilização de alcance nacional, decretou paralisação e estado de greve, uma vez que o Governo Federal não atendeu ao pleito das trabalhadoras/es das federais em todo o país e divulgou na última terça-feira um reajuste salarial de menos de 1%. 

A mesa de abertura da Assembleia contou com a presença da vice-presidenta Bartira Telles, da secretária Milena Barroso e do tesoureiro Jailton Marques. O coordenador do Sintufs, Wagner Vieira, foi um dos convidados. Os/as dirigentes informaram sobre a nota da Bancada Sindical que se posicionou contra a proposta tão irrisória de reajuste assim como a não priorização das pautas remuneratórias.

A Assembleia que foi convocada com pauta única, reforçou a posição nacional de indignação com o resultado da proposta apresentada pelo Governo Federal na 4ª rodada da Mesa Nacional de Negociação, de que não há previsão de reajuste salarial para 2024, e reserva no orçamento federal de R$ 1,5 bilhão para tratar de toda a temática relacionada aos servidores públicos, incluindo carreiras, equiparação de benefícios e recomposição salarial, implicando em menos de 1% de reajuste linear.

O valor apresentado não cobre as históricas perdas salariais dos servidores e servidoras, além de representar um desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras que constrói a educação desse país. 

Durante a Assembleia diversos professores e servidores fizeram intervenções no sentido de reforçar a mobilização nacional e local, de forma a instrumentalizar a base com informações e fomentando atividades durante o período de estado de greve. 

“A paralisação foi importante, conseguimos mobilizar a categoria apesar de um quantitativo ainda pequeno, tivemos adesão de nossos colegas, a UFS parou, os professores e professoras, técnicos e estudantes aderiram, inclusive nos campi do interior. Temos que pensar que as decisões que tomamos nas assembleias assumem uma dimensão imensa e aponta pra base que precisamos seguir resistindo”, ressaltou Milena Barroso. 

  O público da Assembleia aprovou por unanimidade os encaminhamentos: Instrumentalizar a categoria com informações sobre as perdas salariais, fortalecer a unidade na luta junto aos servidores públicos federais, ampliação da reunião do GT Carreira, ampliação do GT UFS e construção dos atos de rua com todas as categorias. 

 

Marco Temporal

Durante a assembleia, as/os estudantes indígenas da UFS colocaram a importância de unificar as lutas e de reforçar o não ao marco temporal, um projeto inconstitucional e que viola os direitos e a vida dos povos indígenas do Brasil.

“Não existe cultura indígena sem território. Por isso é importante estarmos aqui hoje, como também estamos em Brasília reivindicando a derrubada dessa tese. Precisamos pressionar e gritar mesmo, o que queremos é demarcação e não marco temporal!”, afirmou Carleane, estudante e integrante do Coletivo José Apolônio. 


Café com Luta e arte

Pela manhã o ato contou com a presença da artista Lari Lima, que agitou a mobilização com um repertório de músicas de resistência. Na ocasião, a vice-presidente da Adufs, Bartira Telles e o coordenador do Sintufs, Wagner Vieira, fizeram análise de conjuntura sobre o panorama de lutas.

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