“Não existe retorno seguro sem a obrigatoriedade do passaporte vacinal”, afirmam docentes do DEDI/UFS

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Em Carta Aberta publicada esta semana, professoras e professores do Departamento de Educação, do Campus Itabaiana, da Universidade Federal de Sergipe, se posicionaram pela exigência do passaporte vacinal para a retomada das atividades híbridas e/ou presenciais na universidade.

No documento, o conjunto de docentes expressou indignação com a ausência, na Resolução nº. 41/2021/CONEPE, de obrigatoriedade do comprovativo de vacinação.

“Pontuamos que não podemos colocar em risco a comunidade acadêmica, uma vez que as estatísticas demonstram em vários países que pessoas não vacinadas mantêm a circulação do vírus entre elas e acabam prejudicando também as vacinadas, elevando o risco de surgirem novas variantes. Vale apontar que o retorno dos altos índices de internação e mortes têm ocorrido, principalmente, entre pessoas não vacinadas. Portanto, a ausência dessa obrigatoriedade na resolução abre brechas para colocar em risco a saúde da comunidade acadêmica”, frisam.

Os professores e professoras foram enfáticos também em afirmar que “desejam o retorno presencial das atividades, mas que seja realizado seguindo os protocolos de biossegurança de combate à COVID-19, com a obrigatoriedade do passaporte vacinal, sem sobrecarga do trabalho docente e adequados às necessidades dos/as nossos/as discentes”.

Além da ausência de obrigatoriedade do passaporte vacinal, os/as signatários/as da Carta criticam a postura antidemocrática da gestão da UFS.

No texto, os/as docentes manifestam “indignações sobre como decisões importantes que envolvem o andamento e a existência desta universidade estão sendo tomadas, tendo em vista que as consultas públicas realizadas acontecem com prazos exíguos, inviabilizando um amplo debate por parte deste e de outros departamentos, além de observarmos a desconsideração das contribuições que conseguimos realizar nesses prazos estipulados, evidenciando que as decisões já foram tomadas e as consultas objetivam apenas referendá-las. Essas estratégias acabam por demonstrar a essência hierarquizadora e verticalizada da equipe gestora, desrespeitando o histórico de luta coletiva que forjou as bases desta instituição. Enfatizamos que esses encaminhamentos impedem a participação efetiva da comunidade acadêmica nos processos decisórios contrapondo-se ao exercício do princípio básico que deveria conduzir as práticas de gestão na universidade pública: a democracia”.

Acesse aqui a íntegra da Carta Aberta.

 

 

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